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O bom diabo

De Jueves, Julio 25, 2019 - 18:00 hasta Jueves, Octubre 31, 2019 - 18:00

O restaurante Tertúlia Algarvia recebe, de 25 de julho a 31 de outubro, a exposição de fotografia ‘O bom diabo’, da autoria de João Rodrigues.

Sinopse

O bom diabo é uma história de conservação de raias-diabo. Voando majestosamente pelos oceanos desde há 25 milhões de anos, as raias-diabo são das criaturas mais belas, fascinantes e enigmáticas do nosso planeta.

Parentes próximos dos tubarões e das raias, são viajantes incansáveis, destinados a uma vida de movimento perpétuo. É através de uma natação constante que a água atravessa as suas guelras, permitindo-lhes respirar. Uma vida repleta de maratonas aquáticas ao sabor das correntes oceânicas que transportam plâncton, o seu alimento predileto.

São peixes alados recordistas do reino de neptuno, capazes de mergulhar em alta velocidade até uma profundidade de dois quilómetros onde permanecem até noventa minutos em temperaturas geladas. Um verdadeiro ex-líbris da evolução que atinge mais de três metros de envergadura.

As raias-diabo, seres monstruosos de lendas de outrora, que devem o seu nome às suas barbatanas cefálicas curvadas e apontadas para a frente e para baixo, dando a aparência de chifres do diabo, são na verdade gigantes gentis e inofensivos que se encontram em perigo.

Entre inúmeras ameaças, o aumento do comércio internacional de guelras destes animais, destinadas à medicina tradicional chinesa, levou à expansão de pescas insustentáveis, em grande parte não regulamentadas e monitorizadas.

O declínio acentuado das populações das várias espécies de raias-diabo são hoje uma realidade.

Desde a vila de Muncar, no este de Java, localidade do segundo maior porto de pesca da Indonésia até ao monte submarino Princesa Alice, na dorsal meso-atlântica, situado a 45 milhas náuticas da ilha do Faial, nos Açores, a exposição ‘O bom diabo’, leva-nos em viagem pelo contraste de dois mundos. Traz-nos momentos imortalizados em papel fotográfico para refletir. Retratos não só dos impactos destrutivos do ser humano na natureza, mas também do seu poder único para transformar realidades em prol de um futuro melhor.

“Se for para ser diabos, que sejamos bons diabos como os gigantes alados do nosso planeta azul”

-João Rodrigues

Sobre o autor

João Rodrigues, fotojornalista de história natural e conservação da NATIONAL GEOGRAPHIC Portugal, licenciou-se em Biologia pela Universidade do Algarve, em Faro, e obteve o grau de Mestre em Biodiversidade e Conservação Marinha pela Universidade de Ghent, na Bélgica.

Como biólogo e mergulhador (técnico, rebreather e espeleo-mergulhador), João Rodrigues tem sido muito ativo na exploração e no estudo de ambientes marinhos e aquáticos.

Desde 2010 que trabalha em diversos cenários desafiantes: grutas de água doce, montes submarinos profundos da Dorsal Meso-atlântica, águas geladas dos mares nórdicos, naufrágios do mar báltico, grutas marinhas, estuários, recifes, rios, lagos, etc.

A sua paixão e experiência em fotografia de história natural cresceu enquanto João Rodrigues viveu no arquipélago dos Açores. Durante os anos 2015 e 2016, trabalhou como guia, mergulhador de segurança e assistente de aclamados fotógrafos e cineastas subaquáticos. Participou em várias campanhas de fotografia para revistas internacionais de mergulho e deu o seu contributo a documentários como 'Europe´s Wild Islands' da National Geographic Channel, 'Blue Planet 2' da BBC, 'Oásis-Azores Islands-North Atlantic Ocean' da NHK, '+ ou - 5mètres' do canal Arte, 'Life at the Extreme-Deep / Azores' do canal iTV etc.

João Rodrigues acredita que a fotografia é uma das armas mais poderosas para a conservação da Natureza. Atualmente encontra-se a trabalhar em projetos de divulgação do património natural subaquático português e internacional, assim como a colaborar com grupos de investigação e ONG ligadas à conservação ambiental.

Combinando um conhecimento académico aprofundado em ambientes selvagens (especialmente marinhos e aquáticos) com uma perspetiva diferente para captar imagens, o seu objetivo é apaixonar e educar as pessoas sobre a natureza, através da sua fotografia.